quarta-feira, 9 de junho de 2010
DE TÃO FEIO, TÃO BELO - parte 2
terça-feira, 8 de junho de 2010
DE TÃO FEIO, TÃO BELO
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
A VIAGEM
LITERATURA JESUÍTA
terça-feira, 25 de maio de 2010
LITERATURA DE INFORMAÇÃO
De volta ao Brasil
De volta ao Brasil, porém em um ano de descobertas (século XVI), surge uma novo seguimento, uma nova identidade, uma fase onde a informação era um tipo de literatura.
domingo, 9 de maio de 2010
EM QUAL QUER PARTE QUESTEYS,
EM EU CORAÇON FYCAYS
E NELE CONVERTEYS
ESTE É O VOSSO LUGUAR
EM QUE MAYS ÇERTAS VO VEJOS,
POR QUEM NAN QUER MEU DESEJO
QUE VOYS DY POSSAYS MUDAR,
E POR YSSO QUE PARTAYS,
EM QUAL QUER PARTE QUESTEY,
EM MEU CORAÇON FYCAIS,
POIS NELE VOS CONTEYS."
(RUI GONÇALVES)
Nesse texto, notei o envolvimento íntimo do autor através de sua confissão amorosa, em que chega afirmar que, mesmo com a amada ausentada, ela continuará presente, pois ela se transformará no próprio coração do poeta. Notei ainda, uma linguagem simples e grafia próxima bem atual. Estou espantado com tanta beleza poética!!!! Vejo que estão preservando a coita amorosa do trovadorismo.
sábado, 8 de maio de 2010
A TODO VAPOR
UMA NOVA ERA CHEGANDO
Aqui estou, mais uma vez contando à vocês peripércias minhas, vividas em uma máquina do tempo onde pude estar presente em vários momentos hitóricos jamais revelados e que agora exponho a você em detalhes.
Em 1434, ano em que Fernão Lopes foi nomeado cronista-mor da Torre do Tombo (lugar onde se guardava documentos oficiais do Reino), iniciou-se a busca por uma nova literatura, essa chamada HUMANISMO.
Três atividades compôs esse período: a produção historiografica de Fernão Lopes, a produção poética dos nobres (poesia palaciana) e a atividade teatral de Gil Vicente.
Como pude perceber no final do século XV, a Europa passou por grande mudanças provocadas por invenções como a bússola, a expansão marítima que incrementou a industria naval, o desenvolvimento do comércio com a substituição da economia de subsistência entre outras mudanças provenientes do mercantilismo, inclusive o surgimento da burguesia.
Culturalmente, pude perceber que a melhoria técnica da imprensa propiciou uma divulgação mais ampla e rápida dos livros, democratizando um pouco o acesso a ele. O homem passou a interessar-se mais pelo saber, convivendo com a palavra escrita. Adquirindo novas idéias e outras culturas como a greco-latina.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
AS CANTIGAS PREFERIDAS
Cantiga de maldizer.
Rei queimado morreu con amor
Em seus cantares por Sancta Maria
por ua dona que gran bem queria
e por se meter por mais trovador
porque lh'ela non quis [o] benfazer
fez-s'el en seus cantares morrer
mas ressurgiu depois ao tercer dia
Pero Gargia Burgalés
Cantiga de escárnio
Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!...
João Garcia de Guilhadi:
Também tem as cantigas de amor. Ah, o amor, tão ambundante nessa época de cavalheiros e donzelas. Um dos maiores deles foi um rei, um rei trovador, El-Rei D. Dinis. Nunca cansou de fazer mercê as suas senhoras além de exercer grande papel na difusão desta arte por meio da língua portuguesa, copilando várias obras e traduzindo para a versão mais vulgar do nosso idioma aproximando toda a população dessa cultura. Lembro-me agora de um dos seus poemas que diz:
Hun tal home sei eu, ai, ben talhada,
que por vós ten a sa morte chegada;
vede quem é e seed'em nembrada:
eu, mia dona!
Hun tal home sei eu que preto sente
de si morte chegada certamente;
vede quem é e venha-vos en mente:
eu, mia dona!
Hun tal home sei eu, aquest'oide:
que por vós morr'e e vo-lo en partide:
vede quem é, non xe vos obride:
eu, mia dona!
Essas cantigas de amor e de amigo deram origem, penso eu, a outros trabalhos como aquelas novelas criadas para valorizar os cavaleiros em suas cruzadas, histórias de amores incondicionais entre um homem e uma mulher, escasso em novos tempos.
Mas a literatura não prestou só a histórias e contos de amor. Surgiram as tais hagiografias que registravam as histórias dos santos um outro modo de devoção. Então começaram a aparecer pessoas com talento de historiadores e criaram os nobiliários para registrar a linhagem dos nobres além claro dos cronicões que contam a trajetória dos grandes reis por anos a fio.
Precinto que novos tempos estão chegando. Tempos em que o homem usará mais a razão do que a emoção. Mal posso esperar para ver o que está por vir.